Hunt quer ser o primeiro a nocautear Cigano, o ‘gladiador do Brasil’
Mark Hunt foi convocado pelo UFC para enfrentar Junior Cigano no dia 25 de
maio, em Las Vegas, pelo UFC 160. Embalado por quatro vitórias consecutivas, a
maior série da categoria na atualidade, o neozelandês promete adicionar o
brasileiro em sua lista de nocauteados, anos após passar por provações até ter
sua chance no Ultimate.
Hunt nocauteou Struve e fraturou seu maxilar no Japão (Foto UFC)
A saga de Hunt começou em 2010, um ano de foi de mudanças em sua carreira. Longe
dos ringues por mais de 12 meses e amargando uma série de cinco derrotas, o peso
pesado descobriu que uma cláusula em seu contrato com o extinto Pride permitiria
que ele lutasse pelo menos uma vez no UFC. Dana White tentou pagar sua bolsa
para que ele não lutasse na jaula, mas ele insistiu, queria ter a chance de
recomeçar sua carreira.
Hunt venceu as últimas quatro (Foto UFC).
Hunt desperdiçou a oportunidade, durando apenas 63 segundos diante do
limitado Sean McCorkle. O arm-lock em ampliou sua série de derrotas para seis,
com outras cinco finalizações e um nocaute. Tudo indicava que sua carreira
chegaria ao fim, e ele também pensava desta forma.
“Eu perdi, mas faziam quase dois anos que eu não lutava… A virada na minha
carreira aconteceu aí, quando dei um passo para trás e decidi recomeçar tudo na
minha vida. Aquela luta foi como a minha última. E é assim que eu encaro todas
as minhas lutas a partir de agora”, lembra Hunt, em conversa com a TATAME.
Apesar de ter um estilo empolgante e milhares de admiradores da época do
Pride, uma marca de seis derrotas consecutivas é capaz de derrubar qualquer
lutador do UFC. Hunt, não. Ele teve outra oportunidade na jaula, apesar das
críticas de muitos fãs.
“Eles tinham o direito, afinal eu vinha de cinco derrotas, mas foi uma
oportunidade para me provar como lutador”, reconhece.
Especialista na luta em pé, Mark se deu conta que precisava melhorar seu jogo
de solo para sobreviver no maior evento do mundo. Após se mudar para os Estados
Unidos, os treinos na American Top Team logo mostraram efeito. Contra Chris
Tuchscherer e Ben Rothwell, não foi presa fácil no solo. Os nocautes sobre
Cheick Kongo e Stefan Struve – este último, um especialista no Jiu-Jitsu – o
catapultaram ao topo da divisão.
“As coisas não saíram como eu planejava no segundo round, meu timing não era
dos melhores, mas tudo deu certo no fim”, disse Hunt, sobre a vitória diante de
Struve no UFC Japão, no início do mês, após levar a pior nos dois primeiros
assaltos.
Aos 38 anos, Mark não pensa na aposentadoria. “Não sei o que o futuro me
reserva”, ele diz.
O futuro pode trazer muitas coisas para o peso pesado, mas ele pensa passo a
passo – e o próximo será dia 25 de maio, contra Cigano.
“Com certeza”, limitou-se a dizer o sempre caladão peso pesado, quando
perguntado se será o primeiro a nocautear Cigano. Mas ele rasga elogios ao
próximo rival. “Vou enfrentar um dos melhores gladiadores do Brasil e, como um
gladiador da Era Moderna, vou transformar essa luta em uma guerra”.
Diante de Ben Rothwell, no UFC 135, Mark mostrou o início de sua evolução como lutador de MMA (Foto UFC).
Nenhum comentário:
Postar um comentário